NOTAS DO CADERNO VERMELHO II
O AMOR CORTÊS
Pela primeira vez em minha vida encontro-me só. Não tenho ao meu lado minha pequena escudeira canina, e minha Dama deixei em minha terra. Saí para provar meu valor e honrar este Amor. Apesar disso, trago a Senhora do Meu Coração em mim. O amor que sinto por ela cristalizou-se, sendo mais brilhante e permanente que diamante.
Talvez ela o suponha pálido, já, após tantas idas e vindas. Não. Agora é que sei que a amo de verdade, para longe de minha vaidade. Se não estou com ela é para realizar façanhas que honrem nosso amor. E queira Deus que não canse, desvie a rota ou me perca, esquecendo meu brasão de família ou a Senhora com a qual sonho quando meu corpo dorme.
Como prenda, ela deu-me seu cheiro. Mais que isso, sua essência e o sabor de sua alma, carrego em meu olfato e paladar há anos.
Por baixo de minha armadura, de meu elmo que oculta meu olhar e minha expressão nesta nova jornada, minha pele ainda arde o fogo de nosso último encontro1.
No primeiro embate de valorosos cavaleiros, fui vencedor. Hoje cavalgo solitário - posição que sei lidar até certo ponto - a caminho de meu feudo. Por mais que receba boa acolhida, ou que encontre sombra e águas claras para repor as forças, sei que ainda não é chegado o epílogo desta minha aventura.
O único descanço verdadeiro será quando enlaçar meus braços e repousar minha cabeça sobre o seio de minha amada.
Este é o meu Graal.
Esta é a minha Glória de Deus.
Pela primeira vez em minha vida encontro-me só. Não tenho ao meu lado minha pequena escudeira canina, e minha Dama deixei em minha terra. Saí para provar meu valor e honrar este Amor. Apesar disso, trago a Senhora do Meu Coração em mim. O amor que sinto por ela cristalizou-se, sendo mais brilhante e permanente que diamante.
Talvez ela o suponha pálido, já, após tantas idas e vindas. Não. Agora é que sei que a amo de verdade, para longe de minha vaidade. Se não estou com ela é para realizar façanhas que honrem nosso amor. E queira Deus que não canse, desvie a rota ou me perca, esquecendo meu brasão de família ou a Senhora com a qual sonho quando meu corpo dorme.
Como prenda, ela deu-me seu cheiro. Mais que isso, sua essência e o sabor de sua alma, carrego em meu olfato e paladar há anos.
Por baixo de minha armadura, de meu elmo que oculta meu olhar e minha expressão nesta nova jornada, minha pele ainda arde o fogo de nosso último encontro1.
No primeiro embate de valorosos cavaleiros, fui vencedor. Hoje cavalgo solitário - posição que sei lidar até certo ponto - a caminho de meu feudo. Por mais que receba boa acolhida, ou que encontre sombra e águas claras para repor as forças, sei que ainda não é chegado o epílogo desta minha aventura.
O único descanço verdadeiro será quando enlaçar meus braços e repousar minha cabeça sobre o seio de minha amada.
Este é o meu Graal.
Esta é a minha Glória de Deus.
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