sábado, abril 24, 2010

1º Canto do Estrangeiro



Minha Dor é o inverso do Samba.
Não se transforma em beleza.
Não faz os quadris
da moça cacheada se bolirem.
Não há moça cacheada, e
As que tem não rebolam.
Sequer entendem de Samba.

Minha dor parece que se basta,
se acumula qual bolha.

E a Alegria? Essa não se compartilha.
Não se comunga em gargalhada.
Nem mesmo um sorriso pode ser inteiro, assim.
O abraço só tem um braço.
Isso quando há abraço.

Que alegria é essa?
A alegria do solitário,
sósia da alegria do louco.

O ombro pesa
ante o peso da cabeça
cheia de idéias.
Há um mundo aqui.
Tão vasto como o de fora.

Ninguém sabe(rá).

Correria por todos os mundos,
se me fizesse mais livre.
Não se é livre sem o outro.

Estou cansado e nem fiz muito.



*Paraná, em 27/01/2009.

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