1º Canto do Estrangeiro
Minha Dor é o inverso do Samba.
Não se transforma em beleza.
Não faz os quadris
da moça cacheada se bolirem.
Não há moça cacheada, e
As que tem não rebolam.
Sequer entendem de Samba.
Minha dor parece que se basta,
se acumula qual bolha.
E a Alegria? Essa não se compartilha.
Não se comunga em gargalhada.
Nem mesmo um sorriso pode ser inteiro, assim.
O abraço só tem um braço.
Isso quando há abraço.
Que alegria é essa?
A alegria do solitário,
sósia da alegria do louco.
O ombro pesa
ante o peso da cabeça
cheia de idéias.
Há um mundo aqui.
Tão vasto como o de fora.
Ninguém sabe(rá).
Correria por todos os mundos,
se me fizesse mais livre.
Não se é livre sem o outro.
Estou cansado e nem fiz muito.
*Paraná, em 27/01/2009.
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