quinta-feira, agosto 27, 2009

GRITO MUDO E ELA NÃO OUVE

Há cinco dias que me recuso a dormir naquele quarto.
Era o meu quarto.
Hoje me tremo em pensar deitar a cabeça naquela cama.
Porque vieste na minha vida
Como o complementar dessa minha alma egoísta
Que finge que se basta,
Que finge ser bem grande, mas só o foi
Contigo.

Vieste e te foste.
Acordo desde então em uma segunda-feira,
Além de ôco e machucado.

De ti, minha linda rosa sem fim,
Me restou um espinho encravado na alma.
Bem verdade que tive outros espinhos e até me desesperei por eles de tanta dor,
Mas esta farpa é permanente.
Porque eu te quero pelo tempo da minha vida,
Que fluia desde o beijo único até minha velhice plena de sensualidade.
Porque contigo, não imaginava vida que não fosse assim:
Apaixonado, até em sendo velho.
E seria um eterno amanhecer, esse rio de horas, dias, anos e momentos ao teu lado.

Agora me afogo como peixe, porque estou fora o rio da minha vida contigo.
E agora, tenho medo de fantasmas.
Do teu fantasma no meu lençol,
Que me assombra através do teu cheiro, que teima em permanecer.


Você sabe como falar comigo.

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